015 – 3 de abril – “A extraordinária Lua-de-Mel de Batman e Mulher-Gato”, de Robert John May e Theresa Corbin (PhD)


The extraordinary  Honeymoon… trata de não-acontecimento. De fato, nem mesmo os mais teimosos fãs do seriado dos anos 60 e de seus múltiplos remakes afirmam que ocorreu tal coisa, seja em Acapulco, Bali, ou em alguma pousada barata na Prainha. Tão surpreendente quanto o assunto são os autores: a veterana psicóloga Gestalt-comportamental Theresa (da Universidade do Oregon) e o típico nerd de óculos-sardas-e-nem-pensar-em namorada Robert John se uniram para este livro inevitavelmente surgido em Seattle, de Kurt Cobain, dos desajustados e doidões em geral.

Mais que não-acontecimento, trata-se de um quase-acontecimento. Fãs morderam os dedos na cena em que a Mulher-Gato pediu um beijo ao Homem-morcego, e este tropeçou nas palavras, arriscou um pequeno discurso sobre a naturalidade dos beijos – e Robin apareceu no último instante. Ou quando (em armadilha que ela preparara) a Gata-mulher deitou-se em sofá, o sólido frontal a encher o mundo e os olhos do pobre Batman, até que nada, como sempre.

Baseada na doutrina de Jung e em alguns episódios de Game of Thrones a dupla nerd-acadêmica afirma que Batman teme, literalmente, ser engolido pela Mulher-Gato [é uma felina, uma tigra, afinal]. Já para ela o morcego humano representa a junção das duas faces de sua vida, sendo a outra o lado boa moça. Embora esse lado [dizem os autores] esteja representado pela rival Batgirl, para a qual a dupla promete nova obra, já contestada por alguns fãs, que dizem que ser a mulher-morcego uma chata].

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