011 – 29 de março – “Gehen Sie bitte ins Gefängnis!”, de Karl Alexander
O curioso [e diríamos incompleto] nome de Carlos Alexandre [Karl Alexander] – assim mesmo, sem sobrenome
– identifica o autor deste que não pode ser visto mais que como uma caricatura
em forma escrita.
Ou não. Lançada originalmente em 1981, esta pequena obra se reimprime
agora, com lançamento em Berlim, no bairro boêmio, em um boteco frequentado por
garotas de tatuagem e meião, que chegam lá sem nenhum euro na bolsa e saem com
vários, dados por cavalheiros que chegam sem companhia e que saem em companhia
das ditas moças para hoteizinhos de alta rotatividade.
E não se tratou só de truque de publicidade – a história [reconhecidamente
idiota] de Gehen Sie bitte ins Gefängnis
fala de um homem que se casou com uma mulher sem muito charme [chata] e isenta
de atrativos [feia], e que, sentindo-se tapeado, telefona para a polícia levá-la
embora, sem importar o motivo – ou seja, tudo a ver com o local de lançamento.
A história termina com a rádio-patrulha a se afastar, sem que fique claro quem foi
preso.
Inicialmente ridicularizado, o livro tornou-se [quase] cult – uma veneração turbinada pelo
precoce falecimento de seu autor, em 1989 – embora se diga que tenha apenas ido
para o Céu para se entupir de cerveja barata gratuita. Curiosamente teve alguma
repercussão internacional. Em certo país do Hemisfério Sul, inspirou música com
o título de Agora vá pra cadeia – música
brega, é claro, que na Alemanha ganha o nome de Schlagermusik – o que não lhe deixa de dar um ar de nobreza.
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